ENTREVISTA com HARRY CROWL, um compositor sem fronteiras
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Com uma trajetória nacional e internacional, Harry Crowl aborda questões sobre a composição musical, plataformas de streaming, ensino de música, diferenças no sistema de arrecadação e distribuição de direitos autorais no Brasil e no exterior, entre outros temas.
Harry Crowl: Compositor, musicólogo, nascido em Belo Horizonte - MG em outubro de 1958. Foi professor da Escola de Música e Belas Artes do Paraná e atualmente é diretor artístico da Orquestra Filarmônica da UFPR, em Curitiba. Desenvolveu um estilo muito pessoal de composição com obras concebidas como um painel musical em que a maior parte das ideias nunca é repetida. Dentre suas obras destacam-se os Concertos para oboé e cordas e para piano e orquestra, e Tícut érat in printipio, para orquestra sinfônica. Sua obra composta lhe valeu grande prestígio no Brasil e no exterior. Em 1990 recebeu uma encomenda da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, resultando na Sinfonia nº 1, estreada sob a regência de Roberto Farias no Memorial da América Latina, em 1992. A obra também foi apresentada na X Bienal de Música Contemporânea Brasileira da Funarte. Em 2002 foi eleito presidente da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea, e foi delegado do Brasil na Sociedade Internacional de Música Contemporânea entre 2002 e 2006. A trilha sonora para o curta-metragem “Visionários”, de Fernando Severo, recebeu o prêmio de Melhor Música do Festival de Cinema e Vídeo de Curitiba. Recebeu prêmios de composição na XX e na XXI Bienal de Música Contemporânea Brasileira. Sua obra Aetherius abriu a XIV Bienal de Música Contemporânea Brasileira. Em outubro de 2004 recebeu a Ordem do Barão do Cerro Azul, outorgada pelo Clube Curitibano e a Secretaria de Cultura do Paraná. Sua obra Cerrados abriu o VI Festival Internacional de Música Contemporânea da Universidade do Chile. Em 2020 foi escolhido para representar a América do Sul em um projeto internacional desenvolvido pela Universidade de Tübingen, na Alemanha, para a composição de uma obra sobre a pandemia do novo coronavírus.
Elian Woidello (entrevistador): Músico, compositor, comunicador e pesquisador nascido em Curitiba no Paraná. Membro do Observatório da Cultura do Brasil. Autor da Sinfonia dos Elevadores, Terra do Quase e trabalhou ao lado de Llorenç Barber na obra Besos de Color.
Manoel J de Souza Neto (entrevistador): Cientista político, pesquisador e musicólogo. Editor-chefe do Observatório da Cultura; Diretor da Fonoteca da Música Paranaense; Membro da Câmara Setorial de Música e Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC/MINC - entre 2005 e 2017).
Digão Duarte (mediador): Jornalista multitarefa e interdisciplinar. Começou fanzineiro e foi acumulando trabalhos como repórter, fotógrafo, professor, assessor de imprensa, produtor de conteúdo e social media. Na música, produziu CDs coletâneas, colaborou com diversas publicações e trabalhou em eventos. Pós-graduado em cinema. Integrante do Observatório da Cultura do Brasil.